Divórcio com empresa no nome do casal: como dividir?

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Divórcio com empresa no nome do casal: como dividir?

Saiba o que acontece quando o casal possui uma empresa em comum e como funciona a partilha societária no divórcio.

No divórcio, empresas também entram na partilha de bens. Descubra como funciona a divisão de uma sociedade empresarial entre cônjuges, quais são os direitos de cada um e como proteger a empresa durante a separação.

Empresa é bem comum do casal?

Sim. Quando o casal possui uma empresa constituída durante o casamento, ela é considerada patrimônio comum e, portanto, entra na partilha de bens no divórcio.

A forma de divisão dependerá diretamente do regime de bens escolhido no casamento.

Como funciona a divisão da empresa conforme o regime de bens?

📍 Comunhão parcial de bens

  • Entram na divisão apenas as empresas ou quotas adquiridas durante o casamento.
  • Se a empresa já existia antes, mas cresceu com esforço conjunto, o outro cônjuge pode ter direito à valorização do patrimônio.

📍 Comunhão universal de bens

  • Todas as empresas e quotas entram na partilha, mesmo que adquiridas antes do casamento.

📍 Separação total de bens

  • Cada cônjuge mantém o que está em seu nome. A empresa não será partilhada, salvo se houver fraude ou confusão patrimonial.

📍 Participação final nos aquestos

  • Cada cônjuge mantém seus bens durante o casamento, mas, no divórcio, partilham-se os adquiridos onerosamente no período — incluindo quotas de empresa.

Formas de dividir uma empresa no divórcio

  1. Divisão das quotas sociais: cada cônjuge passa a ter participação societária na empresa.
  2. Cessão de quotas: um cônjuge transfere suas quotas ao outro, recebendo indenização proporcional.
  3. Venda da empresa: o negócio é vendido e o valor dividido entre os dois.
  4. Acordo extrajudicial: os cônjuges podem decidir formas alternativas de compensação (um fica com a empresa e o outro com outros bens, por exemplo).Está com dúvidas sobre seus direitosReceba orientações iniciais e entenda o que fazer no seu caso.Solicitar orientação

Impacto da partilha na administração da empresa

Mesmo que ambos tenham direito às quotas, isso não significa que automaticamente terão poder de gestão. A participação na administração dependerá:

  • Do contrato social da empresa;
  • Do acordo feito entre os sócios;
  • Da decisão judicial, em caso de litígio.

É possível que um ex-cônjuge tenha direito apenas ao valor das quotas, sem integrar a sociedade ativa.

E se a empresa tiver dívidas?

Assim como os bens, as dívidas da empresa também devem ser consideradas na partilha.

  • Se houver responsabilidade limitada, os cônjuges respondem apenas até o valor das quotas.
  • Em empresas de responsabilidade ilimitada, ambos podem ser cobrados diretamente, dependendo do regime de bens e da atuação de cada um.

Conclusão

No divórcio, empresas também fazem parte da partilha de bens e exigem análise cuidadosa do regime de bens, contrato social e responsabilidades financeiras.

O ideal é que os cônjuges busquem um acordo justo para preservar a saúde do negócio e evitar conflitos que possam comprometer a continuidade da empresa.

Com o suporte de um advogado especializado em família e empresarial, é possível encontrar a melhor solução para proteger tanto os interesses individuais quanto a própria sociedade empresarial.

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Esse artigo foi escrito por:

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Vinicius Morais Prado

Dr. Vinicius procura sempre atuar com agilidade e assertividade, fornecendo para seus clientes as melhores soluções técnicas alcançáveis pelo Direito.
Pós-graduado em Direito Processual Civil. Pós-graduado em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. Especialista em Direito de Empresas.
OAB/SP 443.781

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